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Identificar os primeiros sinais de demência é fundamental para iniciar o acompanhamento e tratamento do idoso
O que é demência? É um termo que abrange diversas doenças progressivas que prejudicam a memória e outras habilidades cognitivas e comportamentais, compromete aproximadamente 50 milhões de pessoas no mundo e, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), espera-se que 152 milhões de pessoas desenvolvam a demência até 2050.
Para elucidar sobre o tema que afeta milhões de pessoas, a neuropsicóloga Patrícia Soares Baltazar Bodoni* responde algumas perguntas.
O Transtorno Neurocognitivo (leve ou maior) é o declínio da capacidade cognitiva associado à perda da capacidade funcional (DSM-5, 2014). O que é demência? Demência é um termo geral usado para os efeitos de várias doenças neurodegenerativas. Esse declínio geral das habilidades mentais, como a memória, linguagem e raciocínio, tornam as pessoas com demência confusas e, às vezes, não reconhecem familiares ou amigos.
Eles podem ser percebidos quando a pessoa sente dificuldades com as atividades de vida diária, como se lembrar de pequenas listas de compras, acompanhar conversas, falas desorganizadas e repetitivas, agitação, planejar uma simples refeição ou simplesmente descuidar da higiene pessoal. Caso esses sinais persistam, será necessário levar a pessoa ao médico e equipe interdisciplinar para realizar o diagnóstico. Quanto antes for realizado, melhor será sua evolução.
Atualmente, a Neuropsicologia contribui muito para identificação e formalização do diagnóstico, já que a investigação das funções cognitivas é parte da avaliação padrão para sua caracterização.
Em casos mais avançados, precisarão que outra pessoa assuma tarefas que antes elas conseguiam realizar por conta própria.
Apesar de ser mais frequente em idosos, a demência não é uma consequência natural do envelhecimento. Algumas doenças podem causar demência temporária, como: doença de Alzheimer, degeneração lobar frontoparietal, Corpúsculos de Lewy, Doença vascular, Lesão cerebral traumática, uso de substância/medicamento, infecção por HIV, Doença de Huntington, Doença de Creutzfeldt-Jakob, Parkison, etc. Porém, a idade e o histórico familiar serão fatores relevantes para o diagnóstico (DSM-5, 2014).
Entretanto, o fator de risco mais forte é a idade, basicamente porque o envelhecimento aumenta o risco de doença neurodegenerativa e cérebro-vascular. O sexo feminino também está associado à maior prevalência de demência em geral. Essa diferença é amplamente atribuída à maior longevidade das mulheres (DSM-5, 2014).
Ter um envelhecimento com qualidade de vida por meio de hábitos saudáveis, fazer psicoterapia e buscar sempre um propósito de vida auxiliam na prevenção da demência, bem como, compõem os tratamentos realizados para o seu controle e evolução.
Uma equipe interdisciplinar, composta por profissionais especializados em terceira idade, tais como: neuropsicólogo, dentista, fisioterapeuta, fonoaudiólogo, geriatra e enfermeiro, são importantes para acolherem e orientarem a família do paciente, para que ele tenha uma vida mais ativa e confortável, com a diminuição de possíveis intercorrências.
A participação em grupos de apoio e atendimentos psicológicos também são alternativas que auxiliam muito o doente, bem como sua família. Quanto mais paciência, participação e amor a família tiver com esse idoso, menos doloroso será o processo. “Temos que nos lembrar sempre de quem se esquece” (AFADA, 2020).
*Dra. Patrícia Soares Baltazar Bodoni é neuropsicóloga e pós-doutoranda em Ciências da Reabilitação pela Universidade de São Paulo
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