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Veja por que é tão importante manter essa doença sob controle na terceira idade – e o que fazer para chegar lá
De acordo com a International Diabetes Federation, o mundo tinha, no ano passado, 111 milhões de pessoas diabéticas maiores de 65 anos. Isso significa que um em cada cinco adultos na terceira idade sofre com a doença, cujo aparecimento está relacionado à predisposição genética, ao sedentarismo e ao excesso de peso. Embora seja possível conviver bem com o problema, o diabetes em idosos, quando fora de controle, pode trazer consequências graves à sáude.
Para saber tudo sobre essa doença crônica, que acomete cerca de 4,5 milhões de pessoas idosas no Brasil, segundo dados do Ministério da Saúde, conversamos com a endocrinologista Tarissa Petry, do Centro Especializado em Obesidade e Diabetes do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, em São Paulo (SP).
A nossa glicemia (taxa de glicose no sangue) tende a se elevar com o passar do tempo, independentemente se temos ou não propensão ao diabetes. Nas pessoas idosas que apresentam uma predisposição à doença, a perda progressiva dos músculos e o aumento da gordura abdominal, que se acentua com o avanço da idade, fazem com que ocorra uma resistência à insulina – hormônio que permite a entrada da glicose nas células. Para combater esse problema, o pâncreas começa a produzir uma quantidade maior de insulina, mas as células que participam desse processo não aguentam o esforço e vão “morrendo”. Às vezes, esse “trabalho forçado” ocorre durante anos, até que o órgão não dá mais conta e a glicemia acaba subindo. Nesse caso, o diabetes em idosos é diagnosticado.
A hereditariedade tem 70% de culpa no desenvolvimento da doença. A falta de atividade física e os maus hábitos alimentares respondem pelos outros 30%. Esse estilo de vida resulta no excesso de peso, que abre caminho para o mal.
O melhor jeito de evitar a doença é manter um estilo de vida saudável. Isso significa alimentar-se de forma moderada, sem abusar dos carboidratos simples (farinha branca, arroz, batata, açúcar, suco de frutas), e praticar uma atividade física regularmente.
Na fase inicial, a doença não apresenta sintomas. Aproximadamente 50% dos doentes não sabem que sofrem do problema, ou seja, estão com a glicemia alta e não fazem exames de rotina para verificá-la, mesmo tendo fatores de risco. Quando o diabetes causa sintomas – emagrecimento, sede e fome excessivas, aumento da quantidade de urina – a glicemia já está bem elevada e, a doença, em estágio avançado.
Geralmente não. O diabetes autoimune tem pico maior de incidência na infância, na adolescência e no início da fase adulta.
A recomendação é seguir uma dieta personalizada, feita por um nutricionista, praticar exercícios físicos regularmente e tomar os remédios prescritos pelo endocrinologista.
Os cuidadores devem focar em oferecer uma alimentação balanceada, de preferência orientada por nutricionista, medir a glicemia capilar e dar as medicações de acordo com a orientação médica.
O diabetes não controlado pode levar a consequências sérias, como problemas renais, cegueira, amputações de extremidades, infarto e acidente vascular cerebral (AVC). A chance de mortalidade precoce é maior.
Nem todo paciente precisa medir a glicemia capilar todos os dias. Depende do estágio da doença e das medicações que ele usa. Hoje, há muitas drogas modernas para tratar o diabetes em idosos. Além de baixarem a glicemia, elas reduzem o risco de complicações, principalmente renais e cardiovasculares. No geral, o acompanhamento médico deve ser feito a cada três meses. Os exames de rotina podem ser realizados com essa periodicidade.
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