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Todos estamos sujeitos a cair em golpes financeiros. A diferença são golpes em idosos, principalmente os que vivem sozinhos ou que têm pouco convívio social. Nesses casos, os golpes são recorrentes, pois essas pessoas se sentem muito solitárias e carentes.
Pessoas idosas começam a visitar o gerente do banco para bater papo e tomar um cafezinho, pois são sempre muito bem tratadas. Isso acontece porque funcionários de bancos são treinados para tratar bem e vender pacotes para alcançar suas metas e ganharem bônus. A culpa são as leis que não protegem a pessoa idosa desse tipo de abordagem.
Conversar no banco e proibir que ofertem qualquer tipo de pacote ou produto para a pessoa idosa. Você tem o direito de fazer isso, uma vez que a pessoa idosa seja vulnerável, ou seja, sua dependente. Há casos que você consegue, mesmo que ela não dependa financeiramente de você.
Converse com um advogado.
Explique pra a pessoa idosa que você apenas não quer que o banco venda nada pra ela, mas que ela continua dona da sua conta. Em casos mais graves, pode-se tirar o cartão de crédito e débito da pessoa idosa e dar a ela uma “semanada”. Faça uma planilha de gastos com ela, mostrando quanto ela tem, quanto ela tem de gastos fixos e quanto ela pode gastar por semana, da forma que desejar. Se for preciso, faça um documento autenticado e assinado para entregar ao banco. É uma alternativa possível para evitar golpes em idosos.
A última e mais difícil opção é interditar a pessoa idosa. Nesse caso, você precisará falar com o médico principal da pessoa idosa, pedir uma avaliação, contratar um advogado e dar seguimento ao processo. É um processo difícil, mas que em muitos casos é a única solução. Em casos de pessoas idosas com demência, isso deve ser feito.
Outro perigo é o uso dos caixas eletrônicos. É muito comum que pessoas idosas se confundam no uso dos caixas e peçam ajuda para quem estiver mais próximo, correndo o risco de ser uma pessoa mal-intencionada, que pode clonar o seu cartão e senha.
Peça ajuda apenas a funcionários identificados do banco. E lembre-se de que bancos não ligam e nem mandam e-mail solicitando confirmação de dados e senhas. Eduque para que golpes em idosos sejam menos frequentes.
Muitas pessoas idosas costumam cair em golpes de programas de televisão, em que os espectadores devem telefonar para um número e responder uma pergunta a fim de ganhar um prêmio. Geralmente as ligações são longas e os minutos são cobrados com valores altíssimos.
A quarta armadilha são pessoas geralmente bastante solícitas, que costumam prestar serviços em domicílio e começam a falar de suas desgraças financeiras. A pessoa idosa fica com pena e começa a ajudar de pouco em pouco e, no final do mês, a conta não bate e o dinheiro desaparece. Muitas vezes, o idosos sofrem o golpe sem perceber.
Outra situação recorrente é com pessoas da própria família que possuem acesso às finanças da pessoa idosa. Pode iniciar com a própria pessoa idosa oferecendo ajuda num momento específico, e o familiar começa a achar que tem esse direito.
O ideal nesses casos é que sempre haja mais de uma pessoa controlando as finanças da pessoa idosa. De preferência, que não sejam do mesmo núcleo familiar, exemplo: irmãos, pai e filho. Melhor que seja um primo e um filho da pessoa idosa. Esse tipo de situação é de fato muito delicada, mas se colocada no início dos cuidados, antes que esse tipo de problema se inicie, talvez não tenha consequências sérias.
Fique atento. Pessoas idosas têm muita dificuldade em entender que pessoas de que ela gosta possam estar usando do seu carinho para ter benefícios financeiros. Não acreditam mais na maldade das pessoas e podem se sentir extremamente ofendidas se você simplesmente apontar tais possibilidades.
Raminelli e Oliveira – Advogados em São Paulo
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