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Veja o que não pode faltar nas refeições dos idosos para se manterem saudáveis
Ter uma alimentação saudável é importante em todas as fases da vida. De modo geral, o padrão alimentar a ser seguido pelos idosos é o mesmo das pessoas mais jovens, porém com ajustes necessários para compensar carências nutricionais que podem surgir à medida que a idade avança. Isso porque o processo de envelhecimento vem acompanhado de uma série de mudanças fisiológicas, metabólicas e hormonais, que influenciam o apetite e a aceitação de alguns alimentos, assim como a capacidade de absorção de nutrientes. Além disso, muitas pessoas chegam à terceira idade com doenças crônicas (hipertensão, obesidade e diabetes tipo 2, por exemplo) cujo tratamento demanda ajustes na dieta.
O mineral é essencial para fortalecer os ossos e evitar osteoporose, doença que afeta principalmente as mulheres a partir dos 50 anos (nessa idade ocorre uma queda brusca do estrógeno, hormônio considerado protetor dos ossos). Ter um esqueleto resistente na velhice é fundamental para prevenir fraturas por queda, que ultrapassam 300 mil casos por ano no Brasil, muitos deles fatais. Leite e derivados (os de origem vegetal não contam) são boas fontes de cálcio, e costumam ser bem aceitos na terceira idade pela fácil deglutição, mas não fique só neles. “Vegetais verde-escuros (brócolis, espinafre, couve, couve-de-bruxelas, rúcula) têm cálcio mais biodisponível, ou seja, que é melhor aproveitado pelo organismo do que o dos laticínios”, fala a nutricionista Gabriela Cilla, nutricionista e gastróloga da Clínica NutriCilla.
O intestino dos idosos costuma ser mais lento, então é importante garantir fontes de fibras na rotina de alimentação na terceira idade para estimular seu funcionamento e evitar constipação. Fibras estão nos cereais integrais (arroz, aveia, farelo de trigo), nas leguminosas (feijões, lentilha, grão-de-bico), nas hortaliças e nas frutas (se consumidas cruas e com bagaço, melhor ainda). “Uma dieta rica em fibras também funciona para prevenção e controle de doenças cardiovasculares e diabetes tipo 2, e tem influência na imunidade”, afirma Gabriela.
São responsáveis pela construção dos músculos. A perda de massa muscular é inevitável com o envelhecimento, e pode levar a sarcopenia, doença que afeta a força e a funcionalidade do corpo, aumentando o risco de quedas e fraturas. Quase metade das pessoas acima de 80 anos no país tem sarcopenia. Carnes vermelhas, frango e peixe, além de leguminosas e laticínios são as principais fontes de proteína a serem incluídas na dieta.
É comum ouvir dos idosos que “não gosto de água”, “água não tem gosto de nada” ou “não sinto sede”. Com isso, muitos ficam desidratados. O líquido é importante para fazer o intestino funcionar bem, manter a boca úmida (o que facilita a mastigação e a deglutição) e o corpo hidratado, importante para o seu funcionamento geral.
A diminuição da produção de saliva à medida que envelhecemos (chamada xerostomia) pode dificultar e tornar desconfortável a mastigação e a deglutição. Dica: reveja a forma de preparo da comida, amassando, picando, ralando ou moendo os alimentos a fim de evitar engasgos, e mesmo certa desmotivação para comer. Aposte também no uso de temperos e ervas naturais na preparação dos pratos, pois estimulam a salivação.
Quando se pensa em alimentação na terceira idade, é importante saber que a digestão dos idosos é normalmente mais lenta. Além disso, muitos apresentam refluxo ou azia (por causa da perda de tônus do esfíncter da garganta, gases do estômago retornam ao esôfago e à boca) e sentem desconforto depois de comer. Experimente servir as refeições em porções menores, garantindo os nutrientes essenciais em todas elas. O fracionamento também vai estimular o funcionamento do intestino e evitar “beliscadas” fora de hora.
Mudanças fisiológicas comuns do envelhecimento levam à diminuição da percepção do sabor, o que faz com que muitos idosos exagerem na adição de sal e açúcar à comida. É sempre importante controlar o consumo desses ingredientes, ainda mais se a pessoa apresentar problemas como pressão alta e diabetes. Uma alternativa é usar ervas e temperos naturais para realçar o sabor dos alimentos.
Alterações na mucosa da boca aumentam a sensibilidade para quente e frio, o que pode prejudicar o apetite e a aceitação dos alimentos. O ideal é não servir nada muito quente nem gelado, preferindo temperaturas mornas.
Cuidar para que o momento das refeições seja harmonioso é tão importante quanto escolher bem os alimentos que vão no prato da pessoa idosa. Estar em boa companhia e em um ambiente agradável e acessível faz toda diferença para uma boa alimentação na terceira idade, pois o idoso sente-se seguro e atendido em possíveis limitações de mobilidade e coordenação, por exemplo.
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