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Refeições em família são momentos de interação e resgate de memórias
A atual pandemia obrigou uma grande parcela da população, durante o período da quarentena, a trabalhar e estudar em casa. Cozinhar a receita de família, durante esse período, tornou-se mais recorrente, pois esse momento do dia geralmente era vivido apenas aos finais de semana, quando, na maioria das vezes, todos os membros estão de folga.
As refeições, além do mero ato de ingerir nutrientes, podem ser momentos de união da família. Karina Bueno*, pedagoga e empresária do ramo de alimentação, diz que as rotinas de trabalho das pessoas só possibilitam refeições em família em datas de folgas ou comemorativas, e questiona “como resgatar algo tão importante (as refeições) e que traz tanta união para família? Como manter, como unir a todos sem pressa, sem ser um compromisso, mas sim um lazer, um prazer?”
Para Karina, o resgate de memórias vividas e afetivas também ocorrem nas refeições: “o paladar e a comida nos faz lembrar de nossa infância. Sempre tem aquele cheiro, aquele tempero, aquela comida, aquela receita de família que te marca para sempre e que quando você sente, se emociona”.
“A conversa do que foi vivido, das histórias de infância, das brincadeiras, das pessoas que não estão mais presentes, mas que fazem parte de toda a nossa vida. Esse momento é que vemos e sentimos a verdadeira importância de estar em família, de estarmos juntos”, conta Karina.
A refeição não serve apenas para recordar, mas também para falar do presente: “é um momento de saber como foi o dia de cada um, se está tudo bem, se alguém precisa de algo. Falar de temas atuais, debater sobre notícias também faz parte desse cotidiano. É assim também que debatemos respeito e amor”, lembra.
Divergências podem surgir durante esses momentos, mas o respeito deve permanecer. Karina sugere que cada um pode ter sua opinião, mas sempre respeitando o outro.
– Não fazer pouco caso da refeição servida
– Dividir as tarefas, como o preparo dos alimentos e bebidas, limpeza dos pratos e talheres
– Respeitar a opinião do próximo
– Evitar debates desnecessários que não levam a um senso comum
– Evitar falar mal de alguém que não está presente
– Não desrespeitar ou discriminar alguém por qualquer tipo de preconceito
Conversar, brincar, discutir, se interessar pelo outro, resgatar as origens, lembrar a receita de família ou aprender com os mais idosos são momentos inesquecíveis, que resgatam laços e o passado, e criam memórias para o futuro.
* Karina Bueno Pereira é Doceira e boleira na Brigadeiro Pode há 4 anos e Professora de educação infantil e ensino fundamental, formada em pedagogia há 14 anos
Somos guardiões das memórias afetivas de tudo que vivemos e queremos compartilhá-las. Vamos juntas e juntos construir relações de afeto entre gerações? Te esperamos pra mais essa jornada! Conheça o nosso manifesto clicando aqui.
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